Radiografia na Avaliação da Maturação Óssea
As desordens no crescimento ósseo podem ser avaliadas com a radiografia para avaliação de maturação óssea. Um exame que interessa, principalmente, ortodontistas e cirurgiões buco maxilo. A seguir, veremos como ocorre a maturação óssea e por que ela é importante em odontologia.
Radiografia na Avaliação da Maturação Óssea
As desordens no crescimento ósseo podem ser avaliadas com a radiografia para avaliação de maturação óssea. Um exame que interessa, principalmente, ortodontistas e cirurgiões buco maxilo. A seguir, veremos como ocorre a maturação óssea e por que ela é importante em odontologia.
Como ocorre a maturação óssea?
O processo de maturação já começa nas primeiras semanas de vida embrionária e continua até o começo da idade adulta, com o pico ocorrendo aos 12 anos para o sexo feminino e 14 para o masculino. O crescimento ósseo ocorre pela produção de uma matriz proteica mineralizada pela ação de enzimas específicas.
Estudos para determinação da maturação óssea:
Antigamente, a determinação da maturação óssea se dava através do punho e da mão. Por isso, na época, diversos autores realizaram estudos com radiografias dessas regiões para determinar as idades ósseas, de início e pico do SCP (surto de crescimento puberal). Na amostra estudada o estirão de crescimento se deu entre os 11 e 12 anos de idade, com o pico aos 12 anos.
Já em um outro estudo, com crianças suecas, o surto de crescimento puberal começou entre os 10 e 12,1 anos e findou entre os 14,8 e 17,1 anos, em crianças e adolescentes dos sexos femininos e masculinos, respectivamente. Nessa pesquisa, foi determinado que o pico ocorreu aos 12 anos para o sexo feminino e 14,1 anos para o masculino.
Atualmente, a maturação óssea é avaliada por radiografia das vértebras. A fórmula matemática criada em uma pesquisa avaliou a idade cronológica e as razões das medidas de altura e largura do corpo de C3 e C4. A análise dos resultados levou à conclusão de que a idade óssea determinada pelas vértebras cervicais foi tão confiável quanto o método TW2 em radiografias de mão e punho.
Cericato et al. analisaram 170 telerradiografias laterais (76 homens e 94 mulheres, com idades cronológicas entre 60 e 124 meses) a confiabilidade do método de análise das vértebras e conclui-se que ele foi reproduzível e confiável.
Finalmente, Baccetti, Franchi e McNamara desenvolveram uma versão melhorada do método de maturação das vértebras cervicais (MVC) para acessar o crescimento mandibular. A seguir, veremos a aplicação deste método.
Como é feita a avaliação da maturação óssea?
Para a avaliação da maturação óssea são utilizadas as vértebras C2, C3 e C4. A vértebra C2 apresenta um corpo mais comprido que C3 e C4 e é muito importante para a definição dos estágios MCV 1 e MCV 2.
Neste método será avaliada a morfologia (forma) vertebral. Apesar de ser um método simples, ainda há questionamentos quanto a reprodutibilidade. Isto porque, a evolução entre os estágios não ocorre em marcos definidores, mas sim em fases de transição — sequências de modificações na morfologia vertebral — que se inicia na vértebra C2, depois C3 e, finalmente, C4.
É fundamental entender que o processo de crescimento não ocorre de forma estática em cada estágio, mas de maneira dinâmica em cada processo de transição. Aliás, é exatamente na transição de estágios que acontecem as variações que geram dúvidas na classificação.
O método utilizado para avaliação da maturação das vértebras cervicais é dividido em estágios, os quais têm correlação com o crescimento puberal.
Os 5 estágios do método de avaliação de maturação das vértebras cervicais
CVMS I:
- bordas inferiores da C2, C3 e C4 planas ou achatadas, com possibilidade de existir uma leve concavidade na C2;
- forma trapezoidal da C3 e C4, afuniladas de posterior para anterior;
- o pico de crescimento não ocorre antes de um ano após este estágio.
CVMS II:
- presença de concavidades distintas nas bordas inferiores da C2 e C3; C3 e C4 apresentam-se trapezoidais ou retangulares na horizontal;
- o pico de crescimento ocorre neste estágio.
CVMS III:
- presença de concavidades distintas nas bordas inferiores da C2, C3 e C4; C3 e C4 apresentam-se retangulares na horizontal;
- o pico de crescimento termina neste estágio ou ocorreu durante o ano antes deste estágio.
CVMS IV:
- presença de concavidades acentuadas nas bordas inferiores da C2, C3 e C4; C3 e C4 apresentam-se quadradas;
- o pico de crescimento ocorreu um ano antes deste estágio.
CVMS V:
- presença de concavidades profundas nas bordas inferiores da C2, C3 e C4; C3 e C4 apresentam-se retangulares na vertical;
- o pico de crescimento ocorreu pelo menos dois anos antes deste estágio.
Como é feito o exame de avaliação da maturação óssea?
O paciente pediátrico posiciona a parte superior da coluna e nuca na frente do equipamento e deve ficar imóvel por alguns segundos para que as imagens fiquem satisfatórias. As imagens geradas vão para um computador e, a seguir, são encaminhadas diretamente pelo cirurgião-dentista.
Para que serve a avaliação da maturação óssea?
Identificar a idade óssea do paciente pediátrico é fundamental para ortodontistas e cirurgiões bucomaxilofaciais. Dessa forma, esses profissionais determinam o grau de maturação óssea dos ossos maxilares. O exame auxilia no planejamento de aparelhos ortodônticos e de cirurgias ortognáticas.
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