Como deve ser o planejamento cirúrgico em periodontia?

O diagnóstico em periodontia para o planejamento cirúrgico, é baseado no exame clínico e na complementação radiográfica objetivando a visualização de defeitos ósseos, de envolvimentos de furca e da relação entre a crista óssea e a junção cemento esmalte.  

A sondagem, para determinar a profundidade de bolsa periodontal e nível de inserção clínico, depende de fatores como inflamação do tecido, angulação da sonda e força da sondagem. Essas medidas podem subestimar a extensão de defeitos ósseos. Por isso, os exames radiográficos tradicionais são deficientes para um diagnóstico preciso, pois não permitem uma observação tridimensional das estruturas, o que pode prejudicar o planejamento cirúrgico.  

Antigamente, para o tratamento cirúrgico em periodontia, a anatomia da região era reconhecida apenas através de cirurgias exploratórias. Além disso, a decisão da conduta a ser tomada dependia da anatomia encontrada no transcirúrgico.  

Hoje em dia, a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) é fundamental para o diagnóstico mais preciso e para o periodontista estabelecer um plano de tratamento adequado que otimiza o tratamento de defeitos ósseos e de furca, bem como de cirurgias estéticas. 

Quais são os usos da tomografia computadorizada em cone beam em periodontia? 

• auxiliar no diagnóstico de fraturas e perfurações de raízes horizontais e oblíquas, 
• visualizar a relação entre crista óssea e junção cemento esmalte, 
• determinar a extensão e a gravidade de lesões periodontais, 
• medições relativamente precisas de defeitos ósseos, 
• determinar as relações entre tecidos duros e moles, 
• analisar e mensurar defeitos ósseos vestibulares, 
• avaliar e mensurar a espessura da tábua óssea vestibular, 
• mensurar a espessura da mucosa mastigatória, 
• mostrar a espessura gengival e óssea, 
• identificar problemas na furca, 
• visualizar defeitos ósseos.  

Por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico, o periodontista e o profissional que atua em diversas especialidades, consegue visualizar os dentes, as estruturas ao redor e os ossos da face em três dimensões (altura, largura e profundidade), tornando o exame muito mais específico do que uma radiografia convencional que capta imagens em duas dimensões (altura e largura).